A Amazônia vive hoje uma espécie de vazio cartográfico, um déficit de cerca de 1,8 milhão de km² não mapeados (80% desse número são áreas de florestas), mais de um terço da região da Amazônia Legal. O Projeto Cartografia da Amazônia, uma iniciativa das Forças Armadas e diversos órgãos federais pretende justamente atualizar os mapas terrestres, geológicos e náuticos da região até o ano de 2018.
A atualização cartográfica é essencial para a segurança, tanto da navegação – já que os rios estão em constante movimento e cerca de 95% das exportações da região são escoadas por essas hidrovias – como da área de fronteiras.
Fundamental para o conhecimento das riquezas amazônicas e para execução e planejamento de obras de infraestrutura, o projeto tem o papel importante de ajudar na preservação da floresta e da região, evitando a destruição da biodiversidade local e prevenindo acidentes ambientais.
Para a complexidade do projeto, praticamente uma operação de guerra foi montada. Cinco navios da Marinha foram construídos e grandes parte dos produtos cartográficos já foram executados para chegar a regiões remotas, onde nunca ninguém esteve antes. Estimava-se que o projeto que começou em 2008, fosse concluído ano passado, porém deve chegar ao seu fim apenas em 2018.
Todo esse material cartográfico será disponibilizado na Diretoria de Serviço Geográfico (DSG), na Diretoria de Hidrografia e Navegação (DHN) e no Serviço Geológico do Brasil (CRPM).