As árvores não são essenciais apenas na manutenção da vida na Terra. Elas também registram importantes eventos da história e ajudam os cientistas a prever o futuro.
Através dos anéis das árvores, especialistas conseguem recontar histórias do passado, como indicar o ano exato em que povoados abandonaram ou ocuparam certa região, assim como datar grandes períodos secos e úmidos ao longo do tempo.
O método que analisa padrões nestes anéis é chamado de dendrocronologia, uma prática antiga, até estudada por Leonardo Da Vinci há mais de 6 séculos.
Cada anel representa um ano de crescimento da árvore. Geralmente, quando mais distantes os espaços entre as linhas, anos mais úmidos. Distâncias estreitas refletem anos secos. E assim, através desses padrões, especialistas traduzem para antropólogos uma cronologia climática do mundo. Um retrato do passado, mas que afeta diretamente acontecimentos futuros, especialmente devido à mudança climática.
Técnica inventada em 1937 por Andrew Douglas, fundador do laboratório Tree-Ring Research na Universidade do Arizona, ela é significativa para proprietários de terras, ao prover padrões de temperatura e chuva, surto de insetos e a estrutura de composição de diversas florestas. Ainda é essencial para o controle de incêndios, já que determina o tamanho, a frequência e a intensidade desses acontecimentos ao longo dos anos.
Ao ler através dessas linhas e identificar padrões, estudiosos estão conseguindo diferenciar variabilidades naturais do clima do aquecimento global provocado pelo impacto da ação humana. A NASA, por exemplo, recentemente descobriu que a seca recente – de 1998 pra cá – no Oriente Médio, é a pior dos últimos 900 anos.
Com informações como essa, é possível descobrir as causas e identificar os impactos da ação humana no clima, bem como a relação climática entre regiões do globo. E tudo indicado pela madeira das árvores.